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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

O caminho é para a frente

Num país com uma relvice que nunca mais acaba, onde impera o desejo de dizer mal de tudo e de todos, venho por este meio voluntariamente e não gratuitamente, manifestar todo o meu reconhecimento à equipa da Escola Secundária de Pombal e a minha gratidão pela colaboração que me deu para levar a cabo o meu RVCC de nível secunário.
Estou muito grato.
Foi uma equipa excecional que não nomearei, para não me esquecer de ninguém. Comigo foram todos de uma verticalidade excecional. A todos, o meu bem haja.
Com mais ou menos correções o caminho é para a frente, num país onde até há poucos anos o maior pelotão era o do analfabetismo.
Parafraseando o poeta: “NÃO TENHO VISTAS LARGAS NEM GRANDE SABEDORIA, MAS DÃO-ME AS HORAS AMARGAS LIÇÕES DE FILOSOFIA.

José Querido


terça-feira, 31 de julho de 2012

Não me arrependo

Consciente desde o início que não iria ser tarefa fácil, mantive o meu pensamento em concluir, com êxito, este processo e fui evoluindo favoravelmente para a conclusão de tudo o que me era proposto.

Os temas propostos pelo Referencial de nível secundário obrigaram-me a uma reflexão sobre toda a minha vida, dando importância a certos pormenores que até aqui quase me passavam despercebidos.

Tive que despender muitas horas para a construção do meu e-Portefólio, conciliar o trabalho com a escola e com a família. Não me arrependo de nada pois sinto que tive uma oportunidade única de valorizar e ver valorizada a experiência que fui adquirido ao longo da vida.  Sinto-me mais determinado a  continuar a estudar e, quem sabe, tirar um curso superior na área da informática.

Luís Rodrigues

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Uma experiência a continuar

Para mim o processo RVCC foi ótimo, adquiri conhecimentos que nunca imaginei vir  a ter como por exemplo trabalhar com o computador e fazer a regra de três simples.
Entendo que é importante aprender sempre mais, ter capacidade para acompanhar a constante evolução do dia-a-dia.
As sessões de formação complementar durante o processo não posso dizer que foram demasiadas, mas aprendi bastante.

Desejo muito continuar com a formação na área da informática.
O que mais me agradou, para além da formação, foi a amizade de todos os colegas e dos formadores e formadoras. Foram muito simpáticos, ensinaram-me muito bem e com muita dedicação.
Não tenho sugestões de melhoria a fazer porque entendo que está tudo ótimo e bem organizado.
Manuel Caetano - Candidato certificado B3

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Valeu a pena

No final do este processo RVCC de nível secundário, no qual tive de refletir sobre a minha vida e demonstrar as minhas competências nas áreas que me foram solicitadas, desenvolvi outras competências que poderão ser úteis no domínio  profissional e pessoal.
Para elaborar a narrativa, usei várias ferramentas o Word e a Internet para pesquisas.

Também descobri o Voicethread que serviu para gravar o trabalho a nível de LE. Por fim usei o MovieMaker para apresentar, através de um pequeno vídeo, os momentos mais marcantes da minha vida.

Graças a todo este processo fiquei bastante interessado nas ferramentas digitais e com curiosidade de as explorar mais.

Posso referir, então, que o que achei a nível geral de todo este processo:

· A utilização de ferramentas digitais simplifica o estudo e apresentação da narrativa;

· Aprofundei o conhecimento da língua estrangeira;

· Desenvolvi conhecimento informático com a Web;
· Enriqueci a minha cultura geral com as pesquisas.

José Miguel Martins 

Retrospetiva sobre o processo RVCC

Com o Processo RVCC ganhei conhecimentos novos e mais confiança em mim mesma.
Espero agora ter mais oportunidades de trabalho e poder frequentar outras formações e enriquecer-me mais ainda. Quero saber sempre mais.
Neste processo, agradaram-me também as amizades que fiz, que me estimularam e me ajudarma a passar bons momentos.
O que menos me agradou foi saber que este processo poderia não ser concluído no Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de Pombal. A indefinição em relação ao financiamento do Centro causou instabilidade.
Espero que estas oportunidades não acabem para ajudar as pessoas que cedo abandonaram os bancos da escola. 

Amélia Sotto Mayor

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Frases Sentidas

É com um enorme orgulho que me encontro a escrever estas curtas mas sentidas palavras.
Prestes a concluir o Processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências no Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de Pombal, não poderia findar esta fase da minha vida sem exprimir o que significou para mim.
Sem dúvida alguma que com este processo sinto que estou muito mais rica, não só a nível de conhecimentos de matemática como de cidadania, uma área na qual me enquadro muitíssimo bem, respeitando, pessoas, animais não descurando o nosso tão querido meio ambiente tão essencial para a nossa saúde. Desenvolvi também competências na língua portuguesa e descobri que gosto imenso das novas Técnicas de Informação e Comunicação.
Conheci pessoas extraordinárias as quais não vou esquecer, criámos um grupo espectacular, com candidatos e equipa.
Quero continuar os meus estudos, se possível na Escola Secundária de Pombal, deixando um alerta às entidades competentes:
Não se esqueçam as pessoas que, por alguma razão, não tiveram oportunidades de aprender em tempo devido!
Ao Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de Pombal, o meu mais sincero agradecimento!

Mª de Lurdes Estrela

domingo, 10 de julho de 2011

Fecha-se uma porta mas poderá abrir-se uma janela

Desde o passado mês de Maio que grande parte dos candidatos que têm procurado o Centro Novas Oportunidades são pessoas desempregadas, inscritas no Centro de Emprego, e que foram encaminhada pelos Técnicos para efectuarem a sua inscrição e prosseguirem com o seu percurso formativo, uma vez que não possuem o perfil de empregabilidade adequado às ofertas de emprego existentes.
Desde logo, julgámos que os níveis de motivação e interesse destes candidatos seriam extremamente baixos e que seria importante incutir-lhes o gosto por regressarem à escola, encarando esta oportunidade em aumentarem as suas habilitações como uma fonte de esperança para a reentrada no mercado de trabalho.
Na primeira sessão, ao passo que alguns candidatos manifestaram, de imediato, a sua insatisfação e contrariedade por terem sido “forçados” a efectuarem a sua inscrição, outros afirmaram aceitar de forma positiva o encaminhamento, uma vez que, para alguns, já se tratava de um projecto que estava a ser, constantemente, adiado por falta de disponibilidade.
Durante a etapa de diagnóstico já constatámos que o conjunto de competências, saberes, motivações e projectos de vida dos candidatos é muito heterogéneo e, consequentemente, o percurso formativo a desenvolver por cada um deles será diferente.
No entanto, independentemente da via formativa, a tarefa mais importante da equipa do Centro Novas Oportunidades é fazer com que cada candidato sentia o “regresso à escola” como uma importante oportunidade de valorização e criação de uma cultura de aprendizagem contínua, indispensável para o desenvolvimento pessoal e social.


Patrícia Amado - Técnica de Diagnóstico e Encaminhamento

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Cultura, Convívio e Lazer



Foi com muito gosto que participei na viagem organizada pelo Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de Pombal à localidade de Rabaçal e Penela no passado dia dezoito de Junho.


A primeira visita que realizámos foi à fábrica Serqueijos. Gostei especialmente do profissionalismo com que nos recebeu a funcionária, explicando em detalhe todo o processo de fabrico do queijo com a designação Rabaçal.


De seguida, realizámos uma visita guiada às ruinas romanas dessa localidade, que datam o século IV depois de cristo. Nessa villa ainda se encontram alguns mosaicos em muito bom estado de conservação, muito interessantes, alusivos às estações do ano. Difícil será aos povos nossos descendentes daqui a mil e seiscentos anos encontrarem ruinas tão bonitas nas nossas habitações. No museu observámos moedas antigas que também foram encontradas nesta villa. Assim, considero a visita muito interessante.


Da parte da tarde houve momentos de lazer, nomeadamente com almoço partilhado e em contacto com o que a natureza tem de mais bonito. Para digerir realizámos uma caminhada até às quedas de água da Cascata da Pedra Ferida.


Foi uma visita muito rica onde podemos contactar com as nossas origens, apreciar um pouco da gastronomia da região e ainda desfrutar da paisagem magnífica que a natureza nos dá.
Estão de parabéns os organizadores do evento.



Manuel Marques Dias - Candidato certificado - nível básico

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Aprende e serás mestre


Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende.

César Torrado é mais um exemplo de que nunca é tarde para aprender. Ainda há poucos meses tinha apenas a 4ª classe, escolaridade que completou quando tinha 10 anos. Hoje, com 75, e movido pela constante vontade de aprender o Sr. César é mais um dos muitos adultos que viu as suas competências adquiridas ao longo da sua vida serem certificadas. Para ele, esta foi “uma oportunidade de mostrar todos os conhecimentos que tenho vindo a adquirir ao longo da vida, mas também certamente de actualizar outros. Agora tenho a oportunidade de rever toda essa experiência que de outra maneira seria difícil”.

Quando se inscreveu no Centro Novas Oportunidades, o seu principal objectivo era “aprender a trabalhar com o computador”, no entanto, foi-lhe proposto conciliar essa formação com o processo RVCC, permitindo deste modo a certificação do 9º ano de escolaridade. Como gosta de aprender e de desafios, o Sr. César decidiu aceitar pois considera que “é sempre bom saber sempre mais porque a vida é um constante desafio”.

A certificação não foi uma meta e no futuro gostaria de continuar a aprender, “viajar para conhecer outros países e locais, convivendo e conhecendo pessoas novas, partilhando cultura e experiências”.

São pessoas como o Sr. César que reforçam o ideal de aprendizagem ao longo da vida e que muito contribuem e inspiram os que o rodeiam.



Romeu Machado - Profissional de RVC

terça-feira, 3 de maio de 2011

Também se aprende e muito no processo RVCC

Iniciei o processo RVCC no mês de Outubro do ano de 2010. Confesso que a primeira impressão com que fiquei não foi muito animadora, uma vez que me foi dito que na modalidade do Processo RVCC o objectivo não era propriamente para aprender, mas sim evidenciar as competências que adquirimos com a experiência ao longo da vida. Como apenas tinha 32 anos de idade, fiquei um pouco apreensivo, pensando se com a minha experiência de vida iria conseguir atingir os créditos necessários nas diversas áreas de competência chave para poder obter a certificação do 12º ano.


Para minha surpresa, no decorrer do processo e, à medida que ia assistindo às sessões de reconhecimento, verifiquei que afinal também se aprende e muito no processo RVCC.


Para tal, contribuíram todos os formadores e técnicos que me acompanharam ao longo destes meses.


Este processo deu-me também a possibilidade de melhorar as minhas competências ao nível da utilização das novas tecnologias, através interacção e comunicação que estabelecia com os colegas do grupo e com a Profissional de RVC por meio de uma rede social, a mixxt, potencialidade que até então nunca tinha explorado.


O facto de construir um e-PRA foi de certa forma uma motivação adicional, uma vez que facilitou todo o processo e contribuiu para enriquecer os meus conhecimentos. Posso dizer que se o objectivo da Iniciativa Novas Oportunidades é formar pessoas, desenvolver o gosto pela aprendizagem, desenvolver a autonomia na busca de conhecimento, o objectivo foi plenamente alcançado. Sinto-me muito realizado com esta nova conquista!



Pedro Ferreira - Candidato certificado- RVCC NS

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Rescaldo da entrega de diplomas

Agradecimento

No culminar desta viagem pelas novas oportunidades não quero deixar esta oportunidade única para agradecer a todos aqueles que de alguma maneira fizeram parte do meu trajecto até aqui, que me marcaram e sem dúvida me ajudaram a crescer como pessoa.

Quero agradecer a todos os técnicos, formadores e avaliadora externa, tudo aquilo que para mim, foi uma experiência riquíssima e talvez o maior elogio que lhes possa fazer é dizer-lhes que foi um privilégio estar em contacto com estes seres humanos fantásticos, que combinam dois aspectos que são importantes e essenciais, o primeiro deles é a enorme competência no desempenho das suas funções e o segundo é a vertente mais humana, em que para além de bons profissionais são também pessoas que se pode confiar e manter uma ligação de amizade.

Para todos eles o meu respeito e admiração.

Alice Santos- Candidata certificada - RVCC NS

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A escola que me acolheu


Foi no passado dia 25 de Novembro de 2010 que terminei com grande satisfação a minha caminhada pelo processo de Reconhecimento e Validação de Competências de nível secundário no Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de Pombal.

Deparei-me com um sistema muito bem estruturado.
Todas as informações escritas e verbais muito bem explícitas e uma equipa sempre disponível para os esclarecimentos necessários ajudaram-me em muito no meu empenho e motivação na conclusão de um trabalho condigno para a apresentação final, perante o júri.

Considero-me uma pessoa exigente para comigo e aqui tive a resposta a todas as minhas perguntas e anseios.

Descobri que tinha conhecimentos e competências adormecidos, mas sobretudo encontrei resposta para a minha sede de saber mais, fazer melhor, ir mais além. Senti-me valorizada e estimulada a continuar a minha formação.

Sinto-me grata a cada um dos elementos da equipa pela oportunidade de desenvolvimento de competências, essencialmente a nível da literacia digital, mas também pela consciencialização do meu potencial para aprender mais.


Idalina Conceição Santos - Candidata certificada RVCC NS

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Nunca é tarde para aprender

Após a realização de algumas sessões de diagnóstico, ficou-me na memória a frase do Sr. Manuel, um candidato que se inscreveu no nosso Centro Novas Oportunidades: “Estou aqui porque quero saber até onde sou capaz de ir, quero avaliar as minhas capacidades”.

Para além deste candidato, nas últimas semanas, tive o privilégio de auscultar o percurso de vida de mais três candidatos com idades compreendidas entre os 62 e 75 anos, os quais tiveram a possibilidade de explanar toda a sua sabedoria e competências adquiridas na “escola da vida”.

Estes quatro candidatos apresentavam motivações completamente diferentes aquando da sua inscrição no Centro Novas Oportunidades: aprender a ler e a escrever, aprender a contactar com as ferramentas informáticas e melhorar as suas competências ao nível da expressão escrita. Foi com orgulho mas também alguma saudade que expuseram os seus percursos profissionais, formativos, escolares, bem como as responsabilidades, funções, tomadas de decisão e projectos sociais em que estiveram envolvidos durante largos anos, tomando assim consciência de que as suas aprendizagens valiam uma certificação escolar.

Na verdade, estes candidatos são o exemplo vivo de que nunca é tarde para aprender e de que a escola da vida é merecedora de reconhecimento e valorização por parte de toda a sociedade. Porém, infelizmente, ainda existem pessoas cépticas relativamente ao impacto, ao rigor dos processos e à qualidade do sistema da Iniciativa Novas Oportunidades. A essas pessoas é importante relembrar de que não existe uma única forma de aprender e de reconhecer os conhecimentos de que somos portadores, sendo crucial nos Centros Novas Oportunidades atender às características singulares dos candidatos que os procuram.

De facto, estes candidatos poderão não apresentar os conhecimentos escolares de que os nossos jovens são portadores mas expõem um conjunto de saberes que foram, e continuam a ser, úteis para a sua vida. E numa sociedade em constante mutação de que vale o conhecimento se não for útil?


Patrícia Amado - Técnica de Diagnóstico e Encaminhamento

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Celebrar o S. Martinho

Hoje é dia de S. Martinho cuja generosidade e humildade, aliadas a uma enorme fama de milagreiro fizeram dele, durante toda a Idade Média, o santo mais popular de França. Ainda hoje o seu amor aos pobres e aos desprotegidos é fonte de inspiração.

Na nossa última sessão de júri de nível secundário, na tarde de ontem, um dos candidatos trouxe à luz um exemplo concreto de quem vai fazendo caminho na solidariedade e partilha: o projecto Ondjoyetu.

Obrigada Rosinda pelo testemunho que nos deu da preocupação em fazer escolhas sábias e educar os filhos para serem profundamente felizes na construção de um "curriculum invisível" de missionários.

Cristina Costa - Coordenadora Pedagógia

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Novos horizontes


Depois de ter deixado de estudar pelos pequenos livros da escola primária, passei a aprender e a estudar pelo grande livro da vida.

Nunca tinha imaginado que um dia voltaria a reflectir em aprendizagens e acontecimentos passados para me reconhecerem competências. Contudo, considero ter sido uma experiência positiva e até o simples facto de abrir a gaveta das memórias se concretizou em novas aprendizagens.

(...) sinto-me satisfeita com a vida que tenho. Necessito apenas de tempo para realizar tudo aquilo que sei e que posso fazer, sabendo que o enriquecimento através de novas aprendizagens fará sempre parte dos meus interesses.


Maria do Rosário Pinto - Candidata certificada com o nível básico

sábado, 23 de outubro de 2010

O que ganhei com este processo

Com este processo aprendi como realizar e estruturar a minha escrita, enriqueci o meu vocabulário, adquiri mais alguns conhecimentos de informática e de matemática, mas sobretudo, tomei consciência que já tenho algumas competências e saberes.
Além disso, o processo motivou-me a continuar a investir nas minhas aprendizagens, pois agora quero ter mais competências tanto a nível informático como a nível da matemática e da língua portuguesa.

Albertina, candidata certificada com o nível básico

sábado, 18 de setembro de 2010

Entrada na escola primária


(...) Quando tinha 7 anos, entrei para Escola Primária do Seixo, que era muito perto da minha casa e como tal ia e vinha sempre a pé. A minha mãe acompanhou-me à escola no primeiro dia. Quando foi embora fiquei a chorar, sentia-me sozinha, mas a professora disse que eu estava ali para aprender a ler e a escrever, que ia ficar com novos amigos e isso deixou-me mais descansada.

Tinha uma grande vontade de aprender a ler e a escrever porque a minha mãe não o sabia e tinha muita pena disso. A minha avó dizia que as mulheres não precisavam de saber ler, por isso só os rapazes é que tiveram permissão para ir para a escola. A mágoa da minha mãe fez com que desejasse que todos os seus filhos deixassem os estudos apenas por livre vontade.

Por vezes, interrogava a minha avó porque é que as mulheres não aprendiam a ler e a escrever e ela dizia-me que era para elas não escreverem aos rapazes. (...)


Fernanda Gomes - Candidata ao processo RVCC- NB

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Impulso para continuar a formação


Para trás ficam muitas horas de trabalho – de pesquisa, da escrita, de reflexão e de contacto com as Novas Tecnologias – e de dedicação ao objectivo a que me propus: concluir o processo RVCC. Sem desânimos e com muita vontade de vencer lá fui ultrapassando os obstáculos que se me deparavam e que, depois de vencidos, contribuíram para o fortalecimento da minha motivação na aprendizagem. Recordo as muitas horas que dediquei à Narrativa Autobiográfica. Escrevi-a e reescrevi-a, rebusquei na memória coisas que julgava já esquecidas, desenvolvi aptidões de pesquisa (um tema pesquisado a suscitar, obrigatoriamente, a pesquisa de um outro) e reflecti sobre assuntos que no meu quotidiano olhei com algum desinteresse.

Frequentei as “aulas” de inglês e senti o impacto da construção do meu e-portefólio através do Google Sites. Que me surgiu, como quem entra em casa alheia sem bater à porta, como “monstro” que não dominava. Medo? Não. A ajuda preciosa da profissional motivou-me a desenvolver (algumas) competências nesta área e consequentemente a despertar-me a curiosidade de saber algo mais sobre a Web 2.0. Num ápice estou a praticar, a mostrar-me interessado na aprendizagem e a ler tudo que está ao meu alcance sobre aquelas ferramentas – releio um trabalho jornalístico fotocopiado “ O Poder Está Nas Suas Mãos”, que me foi facultado por ocasião da minha primeira passagem pelo RVCC. Entretanto, procuro identificar-me com “Os dez endereços obrigatórios da Web 2.0” e perceber melhor as suas vantagens. Alguns endereços já conhecia – “youtube” e “myspace” – mas outros são-me completamente desconhecidos – “feedburn”, entre outros. As Novas Tecnologias ocupam-me agora um espaço que desconhecia e adicionam competências ao meu currículo.

Em paralelo com o desenvolvimento destas competências apuro outras, nomeadamente o interesse pela pesquisa na internet e a interacção (?) na “Ning”. (Um espaço de comunicação interactivo posto ao serviço do candidato mas, seguramente, desaproveitado. Descarregar apenas os trabalhos do formando naquele espaço (“Dra! Em anexo envio-lhe o meu trabalho ’X’”) não lhe conferiu o seu verdadeiro objectivo: trocar ideias, opiniões, por temas de interesse à discussão, etc. Penso). E ainda a capacidade de reflectir recorrendo a todas as ferramentas que achei necessário para compreender melhor determinado assunto.

O desafio seguinte é saber aproveitar este “impulso” e continuar a apostar na formação. É exactamente o que pretendo. Assim haja “Novas Oportunidades”.


Carlos Rodrigues- Candidato certificado com o nível secundário

terça-feira, 1 de junho de 2010

Retalhos de infância



A Isabel, a Nazaré, a Nélia e o Manuel concluiram hoje o seu processo RVCC de nível básico.

Nos seus Portefólios Reflexivos de Aprendizagens (PRA) ficam saudosamente retratados tempos em que as brincadeiras eram outras e a infância curta.

O Sr Manuel partilha connosco um excerto do seu PRA no dia em que se celebra o Dia da Criança.
Cristina Costa - Coordenadora Pedagógica

A mais antiga recordação que tenho de quando era criança, – tinha eu cerca de quatro anos, – diz respeito ao grande susto que apanhei devido a uma porca. Quando estava a abrir o portão do pátio, dei-me de frente com o enorme animal e devido ao medo, fiquei gago. Por essa razão, estive três a quatro anos a beber água na campainha de bois, pois as pessoas mais antigas acreditavam que isso ajudava a passar a gaguez.(...)

Na primeira classe aprendi a contar, a conhecer os números, as letras, as cores e a escrever algumas palavras. No recreio, às vezes, jogava à bola, ao pião e ao trinco, convivia com os colegas de classe, aprendendo assim a respeitá-los. Depois das aulas tinha que vir para casa, para ir pastorear as ovelhas na serra. (...)

No ano em que concluí a quarta classe, no mês de Agosto, o meu pai levou-me para Torres Novas para trabalhar na apanha de figos. Ainda me lembro do meu primeiro ordenado, 125 escudos que hoje são 0.625€. Trabalhava de sol a sol e entregava o meu ordenado ao meu pai. Aos domingos, ia até Torres Novas passear, o meu pai dava-me às vezes 2$50 ou 5$00, naquela época já era muito dinheiro. Terminei a época da apanha dos figos e vim para casa com o meu pai.


Manuel Gaspar -
Candidato certificado através do RVCC de nível básico

sábado, 29 de maio de 2010

Sou capaz de ir mais além


Este caminho foi de aprendizagem e de realização pessoal. Sinto-me feliz pelo reconhecimento das minhas competências mas sobretudo por perceber que sou capaz de ir mais além.

Solange Silva - Candidata certificada através do RVCC de nível secundário

Foi no dia 27 de Maio que a Solange, a Elisabete, a Fátima , o José o Patrício concluiram mais uma etapa do seu processo de Aprendizagem ao Longo da Vida. Aguardamos pelas notícias de novas metas alcançadas.

Muitos Parabéns!

Cristina Costa - Coordenadora Pedagógica