sexta-feira, 18 de março de 2011

Rescaldo do 2º encontro com sumo - Sobreendividamento das fámílias

O consumismo pode ser definido como uma compulsão para consumir. Mas como fazer para não aderir ao “ estatuto” de consumista?

A fórmula clássica e aparentemente simples é distinguir o essencial do necessário e o necessário do supérfluo.

No entanto é muito difícil estabelecer o limite entre consumo e consumismo, pois a definição de necessidades básicas e supérfluas está intimamente ligada às características culturais da sociedade e do grupo a que pertencemos. O que é básico para uns pode ser supérfluo para outros e vice-versa.

Esta questão levou à necessidade de organização de uma sessão de esclarecimento, tendo a equipa técnico-pedagógica do RVCC, através da área de Cidadania e de Empregabilidade- Referencial de Competência-Chave de nível básico, convidado a DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor para o efeito e que decorreu no passado dia16 de Março, no Auditório Gabriela Coelho, da Escola Secundária de Pombal, tendo como tema, O Sobreendevidamento das Familias, que proporcionou aos mais de oitenta participantes ali presentes, a reflexão sobre “ uma realidade” que é um verdadeiro drama para muitas famílias.

A técnica da DECO convidada, Drª. Carolina Silva, na sua intervenção “prendeu” a assistência, com uma comunicação clara concisa e precisa, motivando um diálogo franco e interesado entre todos, “testemunhada” com situações concretas de sobreendevidamento pessoal e familiar.
Referiu que: - o consumidor necessita de cada vez mais informação para uma escolha acertada, que satisfaça as suas reais necessidades, dentro das suas efectivas possibilidades financeiras, evitando situações de consumo excessivo ou mesmo de sobreendividamento. A criação de um orçamento familiar mensal parece ser uma estratégia fundamental no controle dos gastos e na criação de poupanças, referiu a Jurista convidada. Deu também, exemplos concretos e elucidativos de aspectos técnico-jurídicos relacionados com as “implicações” dos contratos eventualmente celebrados.

A sessão visava:- informar/aconselhar o consumidor endividado/sobreendividado;-facultar toda a informação útil e necessária que auxilie os consumidores numa escolha esclarecida e responsável.- contribuir para a mudança dos comportamentos, atitudes e valores dos cidadãos; - divulgar critérios de escolha que ajudem o consumidor na selecção e aquisição de produtos e serviços;- ajudar o consumidor a gerir o seu orçamento familiar;- ajudar sempre que possível, o consumidor a elaborar um plano de pagamentos; - apoiar o consumidor na renegociação dos seus encargos/créditos; - alertar para o endividamento das famílias (causas); - reflectir sobre a importância da poupança.

A oradora , “já no cair do pano” agradeceu o convite formulado pelo CNO, apelando à criação nas famílias de um orçamento familiar mensal, para assim esta melhor controlar os gastos no seu dia-a-dia.

Ao longo da sua intervenção pude registar algunas palavras “ premonitórias” que não deixam certamente ninguém indiferente: “(…)A sociedade exige muito de nós(…), (…)as pessoas não são fáceis(… ), (…) É preciso mudar de hábitos(…)!

O Formador de CE, agradeceu, em nome do CNO e da Escola, a presença da DECO, que, desde o ano 2000, disponibiliza apoio aos consumidores sobreendividados através do seu Gabinete de Apoio ao Sobreendividado.



Jorge de Sá - Formador de CE

1 comentário:

Lisa disse...

A palestra foi muito interessante no sentido de ter alertado as pessoas para assuntos importantes como a poupança para fazer frente aos tempos que correm.
Pupar é sem dúvida a postura que se tem que adoptar perante uma crise de nível internacional que se vive nos dias de hoje.

Rolando Graça - grupo LB10