sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Yes I Can


“O caminho mais curto para conseguir fazer muitas coisas é fazer uma de cada vez.”
Este foi o meu lema ao decidir encarar o desafio de completar o 12º ano de escolaridade através do processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências. Não que o tivesse escolhido por ser o mais curto, mas sim por entender que do muito que queria realizar, a melhor opção seria, sem dúvida, dar um passo de cada vez.
Após 20 anos a exercer a minha profissão, como delegado de informação médica, sempre tive a ambição de poder dentro da estrutura de uma qualquer empresa deste ramo, assumir outras funções de responsabilidade, principalmente na área do Marketing Farmacêutico, mas o facto de apenas possuir a frequência do 11º ano de escolaridade no meu Curriculum, sempre foi um entrave que se sobrepôs à experiência conquistada nestas duas décadas. Perante isto, e ao ter conhecimento das possibilidades e potencialidades que as Novas Oportunidades me ofereciam, decidi lançar “mãos à obra”.
Após o primeiro contacto com o grupo e a Profissional, Dra. Filipa Rodrigues, comecei logo por ficar muito entusiasmado com o desafio que nos estava a ser proposto, mas também apreensivo com o grau de dificuldade e exigência que, presumivelmente, iria encontrar. Hoje, posso já adiantar que os meus piores receios se confirmaram quanto à exigência, mas também, com alguns altos e baixos, o meu entusiasmo foi crescendo. Perante as actividades que me foram sendo propostas, senti que todo o trabalho de pesquisa, estudo e reflexão foi melhorando, recebendo como recompensa não só o desenvolvimento destas minhas capacidades, mas também a atribuição de determinada creditação.
Durante o desenvolvimento da minha actividade profissional, fui obrigado a adaptar-me ao aparecimento de novas tecnologias, computadores, PDA`s, telemóveis e respectivos sistemas informáticos, no entanto, realmente estava só adaptado. A utilização e recurso a ferramentas da Web 2.0 neste processo, levou-me a descobrir e explorar novas ferramentas informáticas que até aqui desconhecia por completo e que posso, com algum orgulho, afirmar serem hoje para mim, de utilização quase diária dado o interesse que me provocaram. Maiores exemplos são a construção do e-portefólio Reflexivo de Aprendizagens e a Narrativa Digital, utilizando o Movie Maker e sua posterior colocação no Youtube, efectuando assim aquela que é a grande finalidade das ferramentas da Web 2.0, ou seja, gerar conteúdos nesta imensa rede de utilizadores.
Com estes pequenos/grandes passos que fui dando na descoberta de todas estas novas aprendizagens, posso questionar-me com toda a firmeza, e agora? Paro por aqui? Findo este processo onde tanto me foi dado a descobrir, cada vez tenho mais certezas que não vou mesmo parar. Afinal, quero mesmo fazer muitas coisas, mas vou fazendo uma de cada vez.
Analisando as competências que sinto ter desenvolvido, a autonomia e a auto responsabilização foram aquelas que mais sobressaíram. Enfrentando as dúvidas, e contando com a ajuda particularmente importante da maioria dos companheiros do grupo onde me inseria, as dificuldades foram sendo ultrapassadas, sempre com a colaboração e incentivo da nossa coordenadora de grupo, mas também com um esforço da minha parte que, embora não fosse sobre-humano, me obrigava a ser organizado, metódico e muito rigoroso para comigo mesmo, pois só assim conseguiria conciliar as minhas obrigações profissionais, cada vez mais exigentes e rigorosas, com a minha vontade de concluir este processo com êxito. Pelo meio, um período de um ano onde também não podia deixar para trás a vida familiar, ser pai, marido, filho, sobrinho, genro, primo, tio, etc.
A própria metodologia implementada neste processo, presencial mas com uma componente forte de trabalhos feitos à distância, foi para mim decisiva para que o pudesse concluir. Quantas vezes, recorrendo à Ning ou ao Gmail, tive de testar a capacidade de tolerância e paciência da nossa coordenadora de grupo, para me ajudar a tirar uma quantidade significativa de dúvidas que ia enfrentando, tendo sempre como resposta uma disponibilidade imediata. Ajuda bastante. Aliás, não por receio de o dizer mas sim por o sentir, não encontrei durante este processo nada ou alguém que me tivesse marcado negativamente. Pelo contrário. Tendo optado pelo Inglês para fazer parte da minha formação complementar, não podia terminar este balanço, sem pôr em prática um pouco desta língua, não de uma forma original, mas utilizando um “slogan” de um candidato às últimas eleições Presidências nos E.U.A., e que considero perfeitamente adaptável àquilo que, quase sempre, fui sentindo ao longo desta minha passagem pelo processo de RVCC, e que desejo para outros futuros passos: “Yes I Can”. Eu e todos os que tivermos isto em mente para a vida.
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Joaõ Dias - Candidato RVCC -NS

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