segunda-feira, 16 de março de 2009

RVCC: uma oportunidade de partilha





Não podemos deixar de nos alegrar com o espírito de comunidade que se cria em alguns grupos do processo RVCC e que leva os seus membros a partilhar realidades nucleares e a florescer na comunicação recíproca.





Ninguém

Sinto-me vazia por fora,
Sinto-me vazia por dentro
Mostrando uma alegria que não existe.
A verdade é que me incomoda
A verdade é que me entristece.
Luto mais que ninguém
Para esconder a dor que permanece em mim.
Ninguém vê
Ninguém tem orgulho em mim
Ninguém vê se sofro
Ninguém vê se sou feliz.
Luto para que não tenham pena de mim
Luto para provar
Que todo o ser humano
Deve ser amado e valorizado.
Luto sozinha, contra ventos e tempestades
O sol, tarde, aparece
E já quase não vejo
As nuvens não mo deixam ver.
Cavo buracos no jardim que não existe
As pedras vão sendo amontoadas
Formando uma separação
Para o bem e para o mal.
Quero esquecer
O mundo em que vivo
Onde nascemos, vivemos
Indiferentes ao que nos rodeia.
Uns vencidos, outros vencedores
Eu quase esgotada pelo esforço
Físico e mental,
Refugio-me em casa
Refugio-me no meu cantinho
Onde ninguém pode entrar.
Ninguém sonha
Ninguém imagina
O lindo jardim que já construí
Cada passo que dou
Cada barreira que salto
Cada batalha que ganho
È mais uma flor para o meu jardim
É lindo o jardim que construí.
Queres ver?
É só entrar…
.
Fernanda

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