segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A importância da aprendizagem informal



Na sessão de Júri de RVCC-Nível Básico do passado dia onze de Novembro, uma adulta defendia, no culminar de um processo de auto-reflexão e auto-avaliação da sua experiência de vida pessoal e profissional, uma apresentação no âmbito da sua actividade profissional - a repintura automóvel.

O Júri ouviu, atentamente, a adulta ao descrever com evidente persuasão, toda a sequência de fases desse processo técnico, explicando detalhadamente as operações necessárias à reparação de uma viatura sinistrada.

Enquanto Formador de Cidadania e Empregabilidade, área que tem um carácter transversal e que procura trabalhar comportamentos e atitudes, esta situação fez-me reflectir sobre as formas como pode o adulto “adquirir” novas competências à luz do conceito de aprendizagem ao longo da vida, de que nos falam as Ciências da Educação.

Na verdade, o gerente da firma é efectivamente o especialista em repintura automóvel, com quem a adulta em causa trabalha há mais de 30 anos, sendo o seu “braço direito” mas na realidade, ela acabou por nos evidenciar claramente que também “ percebe do ofício”.

A adulta é autónoma, revelando claramente competências ao nível da dimensão do saber-fazer sem ter frequentado o sistema formal de ensino, dando consistência ao pressuposto de que a aprendizagem dos adultos revela-se mais consistente se acontecer pela reconstrução dos seus saberes e experiências e pela reelaboração das representações que tem sobre si próprios. É este, um exemplo prático de educação não formal e de educação informal.

Em jeito de reflexão, “O adulto é alguém que acumula uma diversidade de experiências, revelando maior interesse na aprendizagem a partir das suas situações de vida do que na aprendizagem de conteúdos e como diz o antigo Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, “A cidadania (…) é vontade de aperfeiçoar, de servir, de realizar, é espírito de inovação, de audácia, de risco, é pensamento que age e acção que se pensa.”

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Jorge Sá- Formador de CE

domingo, 8 de novembro de 2009

Um retrato do processo RVCC…só poderia ser com cores muito vivas


Para realizar o processo, passei por um bom treino intelectual.
Foi essencial pensar e relembrar o passado, as minhas vivências de criança, vivências escolares e profissionais, o que foi muito agradável. Extrai vários valores que estavam arrumados.
Quanto mais trabalho desenvolvia, mais incentivada ficava para continuar e concluir esta viagem colorida pelas novas oportunidades.
Com o tempo, fui-me apercebendo das minhas competências adquiridas nas diversas áreas. Se não fosse a realização do processo, certamente nunca iria reflectir sobre elas e ficaria sem ter conhecimento que as tinha.
Esta viagem foi facilitada pelo profissionalismo e o incentivo da equipa que me acompanhou foi de uma extrema importância para chegar a bom porto.
Para a Dr.ª Filipa Rodrigues, Dr.ª Cristina, Dr.ª Teresa Guarda, algo que posso oferecer e ainda possuir… as minhas próprias palavras.
A minha enorme gratidão.
Para todos os que ainda tenham dúvidas sobre o RVCC deixo esta mensagem:
O tempo não espera por ninguém e não se pode reciclar mas as experiências de vida, sim. Aguardam por ser transformadas em mais valias pessoais e sociais.
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Maria Alice Silva- Candidata RVCC -NB