Na sessão de Júri de RVCC-Nível Básico do passado dia onze de Novembro, uma adulta defendia, no culminar de um processo de auto-reflexão e auto-avaliação da sua experiência de vida pessoal e profissional, uma apresentação no âmbito da sua actividade profissional - a repintura automóvel.
O Júri ouviu, atentamente, a adulta ao descrever com evidente persuasão, toda a sequência de fases desse processo técnico, explicando detalhadamente as operações necessárias à reparação de uma viatura sinistrada.
O Júri ouviu, atentamente, a adulta ao descrever com evidente persuasão, toda a sequência de fases desse processo técnico, explicando detalhadamente as operações necessárias à reparação de uma viatura sinistrada.
Enquanto Formador de Cidadania e Empregabilidade, área que tem um carácter transversal e que procura trabalhar comportamentos e atitudes, esta situação fez-me reflectir sobre as formas como pode o adulto “adquirir” novas competências à luz do conceito de aprendizagem ao longo da vida, de que nos falam as Ciências da Educação.
Na verdade, o gerente da firma é efectivamente o especialista em repintura automóvel, com quem a adulta em causa trabalha há mais de 30 anos, sendo o seu “braço direito” mas na realidade, ela acabou por nos evidenciar claramente que também “ percebe do ofício”.
A adulta é autónoma, revelando claramente competências ao nível da dimensão do saber-fazer sem ter frequentado o sistema formal de ensino, dando consistência ao pressuposto de que a aprendizagem dos adultos revela-se mais consistente se acontecer pela reconstrução dos seus saberes e experiências e pela reelaboração das representações que tem sobre si próprios. É este, um exemplo prático de educação não formal e de educação informal.
Em jeito de reflexão, “O adulto é alguém que acumula uma diversidade de experiências, revelando maior interesse na aprendizagem a partir das suas situações de vida do que na aprendizagem de conteúdos e como diz o antigo Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, “A cidadania (…) é vontade de aperfeiçoar, de servir, de realizar, é espírito de inovação, de audácia, de risco, é pensamento que age e acção que se pensa.”
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Jorge Sá- Formador de CE
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