terça-feira, 2 de junho de 2009

Sessões de júri

26 e 28 de Maio são datas que ficarão na memória de José Querido, Ângelo Neves, Alzira Inácio, Américo Luís, Paula Mata, Susana Santos, Maria de Jesus Leal, Jorge Silva, Mavilde Marques, Nuno Simões, Claudio Fernandes, Guida Lopes, Gabriel Lopes e Celeste Correia.

Obtiveram a sua equivalência ao nono ano. Muitos parabéns a todos!


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Cristina Costa - Coordenadora Pedagógica


Chamo-me Américo Silva Luís, tenho sessenta e dois anos, sou casado e pai de três filhos. Nasci em Carvalhal, freguesia de Vila Cã, onde resido, e sou aposentado.

Tenho cerca de 1,60m de altura, cabelos “russos”, olhos azuis com grandes entradas, o que leva a que alguns me chamem careca o que, só por acaso, ainda não acontece, e é um facto que a elegância não quer nada comigo.

Admiro muito algumas figuras históricas, cujos exemplos são D. Afonso Henriques, pela sua valentia e amor pela Pátria, Camões, pelos seus dotes poéticos e guerreiros, Amália Rodrigues, que levou o nome de Portugal aos cinco continentes e, no presente, Cristiano Ronaldo, pela sua arte a jogar futebol.

Não tenho dotes guerreiros nem poéticos mas, porventura, terei outros: gosto de ajudar quem precisa e me pede ajuda, sou fiel aos princípios fundamentais da honestidade, solidariedade, fidelidade, educação, trabalho e dedicação. Sou honesto comigo e com os outros, porque não posso ser honesto com os outros, se não o for comigo próprio e também não dou aos outros o que não quero para mim. Estes são os meus valores fundamentais.

É evidente que, provavelmente, também tenho alguns defeitos, mas a minha idade já me permite desculpá-los…Por vezes sou um bocadito rabugento, mas quem o não é?

Não sou muito ambicioso, não desejava ser Presidente da República nem Primeiro Ministro, nem ter outro cargo governativo, nem gostava de ser político, apesar de pensar que a actividade política é necessária. Contudo, não me revejo nos actuais “representantes” do povo. Penso que, infelizmente, e salvo uma ou outra execpção, todos eles estão muito mais preocupados em governar-se do que em governar Portugal.

Gostaria de ter uma vida digna de um cidadão, em paz, sem guerras, sem fome e sem poluição. Gostaria que o mundo fosse um paraíso, onde os povos fossem unidos, pela paz, prosperidade e solidariedade.

Considero-me muitíssimo corajoso e penso que o meu grande acto heróico, foi lutar contra uma doença crónica, que me persegue há quase 20 anos.
Agora, passo os meus tempos livres a cuidar dos meus netos que adoro.


Mas também gosto de ler e passear pelo campo, pois gosto muito da natureza e principalmente da vegetação, o que me leva a passar bastante tempo a estudar as plantas, como desenvolverei na reflexão que farei sobre “A Minha Terra”.

Quanto a sonhos, ainda me faltam muitos para realizar. Um deles, talvez o mais importante, é ver os meus filhos felizes e lutadores como eu me considero.
Tento passar todos os meus tempos livres com a minha família, que é a coisa mais importante da minha vida e dos meus sonhos. Para além disso, gosto muito de passear, conhecer outras pessoas e outras culturas, mas gosto também de ver televisão e de ler, pois é muito importante estar informado sobre o que se passa no mundo.

Perante esta crise económica que o mundo está a atravessar, temos de ser positivos e acreditar no futuro, porque as situações difíceis são, normalmente, cíclicas. Justificando esta minha observação, posso apresentar o exemplo dos meus pais, e não só dos meus, poderei mesmo dizer, dos nossos pais, que também tiveram de acreditar, pois nos tempos da ditadura de Salazar nada era fácil. É bom não esquecer os tempos da guerra colonial que levou tantos jovens na flor da vida…

Apesar de tudo e das notícias nada agradáveis que, diariamente, invadem as nossas casas, penso que a situação em Portugal não está assim tão má, em comparação com alguns países do mundo o que, em certa medida, creio que se deve ao 25 de Abril, que também proporcionou mudanças bastante positiva. De facto, hoje em dia, praticamente todas as crianças têm acesso à pré-escola, a novas e melhores habilitações e, a nível viário, estamos incomparavelmente melhor do que nos tempos passados. Mas falta muita coisa, bem sei, e assusta-me o aumento descontrolado da pobreza.

Ainda ontem, a propósito desta calamidade, tive oportunidade de ouvir e ver uma reportagem numa das cadeias de televisão, sobre os novos frequentadores da sopa dos pobres…Não imaginava que tantas pessoas empregadas estivessem a recorrer a este tipo de ajudas, porque o que ganham não lhes chega para os compromissos básicos…

O meu projecto pessoal há muito que está idealizado e há muito que vai sendo adiado. Gostaria de viajar pelo mundo fora, ver e admirar calmamente as sete maravilhas do mundo mas… financeiramente não é possível, a não ser que me saia o euromilhões…

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Américo Silva Luis - 62 anos

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