Obtiveram a sua equivalência ao nono ano. Muitos parabéns a todos!
.
Cristina Costa - Coordenadora Pedagógica
Chamo-me Américo Silva Luís, tenho sessenta e dois anos, sou casado e pai de três filhos. Nasci em Carvalhal, freguesia de Vila Cã, onde resido, e sou aposentado.
Tenho cerca de 1,60m de altura, cabelos “russos”, olhos azuis com grandes entradas, o que leva a que alguns me chamem careca o que, só por acaso, ainda não acontece, e é um facto que a elegância não quer nada comigo.
Admiro muito algumas figuras históricas, cujos exemplos são D. Afonso Henriques, pela sua valentia e amor pela Pátria, Camões, pelos seus dotes poéticos e guerreiros, Amália Rodrigues, que levou o nome de Portugal aos cinco continentes e, no presente, Cristiano Ronaldo, pela sua arte a jogar futebol.
Não tenho dotes guerreiros nem poéticos mas, porventura, terei outros: gosto de ajudar quem precisa e me pede ajuda, sou fiel aos princípios fundamentais da honestidade, solidariedade, fidelidade, educação, trabalho e dedicação. Sou honesto comigo e com os outros, porque não posso ser honesto com os outros, se não o for comigo próprio e também não dou aos outros o que não quero para mim. Estes são os meus valores fundamentais.
É evidente que, provavelmente, também tenho alguns defeitos, mas a minha idade já me permite desculpá-los…Por vezes sou um bocadito rabugento, mas quem o não é?
Não sou muito ambicioso, não desejava ser Presidente da República nem Primeiro Ministro, nem ter outro cargo governativo, nem gostava de ser político, apesar de pensar que a actividade política é necessária. Contudo, não me revejo nos actuais “representantes” do povo. Penso que, infelizmente, e salvo uma ou outra execpção, todos eles estão muito mais preocupados em governar-se do que em governar Portugal.
Gostaria de ter uma vida digna de um cidadão, em paz, sem guerras, sem fome e sem poluição. Gostaria que o mundo fosse um paraíso, onde os povos fossem unidos, pela paz, prosperidade e solidariedade.
Considero-me muitíssimo corajoso e penso que o meu grande acto heróico, foi lutar contra uma doença crónica, que me persegue há quase 20 anos.
Agora, passo os meus tempos livres a cuidar dos meus netos que adoro.
Mas também gosto de ler e passear pelo campo, pois gosto muito da natureza e principalmente da vegetação, o que me leva a passar bastante tempo a estudar as plantas, como desenvolverei na reflexão que farei sobre “A Minha Terra”.
Quanto a sonhos, ainda me faltam muitos para realizar. Um deles, talvez o mais importante, é ver os meus filhos felizes e lutadores como eu me considero.
Tento passar todos os meus tempos livres com a minha família, que é a coisa mais importante da minha vida e dos meus sonhos. Para além disso, gosto muito de passear, conhecer outras pessoas e outras culturas, mas gosto também de ver televisão e de ler, pois é muito importante estar informado sobre o que se passa no mundo.
Perante esta crise económica que o mundo está a atravessar, temos de ser positivos e acreditar no futuro, porque as situações difíceis são, normalmente, cíclicas. Justificando esta minha observação, posso apresentar o exemplo dos meus pais, e não só dos meus, poderei mesmo dizer, dos nossos pais, que também tiveram de acreditar, pois nos tempos da ditadura de Salazar nada era fácil. É bom não esquecer os tempos da guerra colonial que levou tantos jovens na flor da vida…
Apesar de tudo e das notícias nada agradáveis que, diariamente, invadem as nossas casas, penso que a situação em Portugal não está assim tão má, em comparação com alguns países do mundo o que, em certa medida, creio que se deve ao 25 de Abril, que também proporcionou mudanças bastante positiva. De facto, hoje em dia, praticamente todas as crianças têm acesso à pré-escola, a novas e melhores habilitações e, a nível viário, estamos incomparavelmente melhor do que nos tempos passados. Mas falta muita coisa, bem sei, e assusta-me o aumento descontrolado da pobreza.
Ainda ontem, a propósito desta calamidade, tive oportunidade de ouvir e ver uma reportagem numa das cadeias de televisão, sobre os novos frequentadores da sopa dos pobres…Não imaginava que tantas pessoas empregadas estivessem a recorrer a este tipo de ajudas, porque o que ganham não lhes chega para os compromissos básicos…
O meu projecto pessoal há muito que está idealizado e há muito que vai sendo adiado. Gostaria de viajar pelo mundo fora, ver e admirar calmamente as sete maravilhas do mundo mas… financeiramente não é possível, a não ser que me saia o euromilhões…
.
Américo Silva Luis - 62 anos
Sem comentários:
Enviar um comentário