Um processo de Balanço de Competências supõe um forte envolvimento dos candidatos na construção do seu desenvolvimento e um olhar sobre as experiências vividas, relembrando-as para poder apropriar-se delas. Neste processo é essencial a existência de momentos de reflexão, introspecção e de auto-conhecimento. Estes momentos são potencializados através da relação interpessoal e de partilha, que se estabelece entre os candidatos e o profissional que o acompanha e orienta, sobretudo, na etapa do auto-reconhecimento.
Assim, torna-se importante a promoção, por parte do profissional, de uma relação de empatia com os adultos e ao mesmo tempo desafiadora, com o objectivo de encorajar o desenvolvimento interpessoal do adulto e promover a sua autonomia. Para tal, é essencial que o profissional de RVC utilize uma linguagem adequada e de compreensão fácil para o adulto.
Ter a capacidade de saber acolher, orientar e de saber adptar-se e adaptar o processo ao perfil de cada adulto é algo imperativo para que os adultos vejam o profissional como um elemento de apoio, orientação e motivação na construção de um percurso dinâmico e progressivo, de auto-reconhecimento e valorização pessoal que é o processo RVCC.
Margarida Fonseca